A desnutrição em adultos é uma situação em que o défice e/ou desequilíbrio de calorias, proteínas e outros nutrientes provoca efeitos negativos na composição, forma e função corporal, além de afetar o estado de saúde. O risco nutricional é a probabilidade de um indivíduo desenvolver desnutrição e, consequentemente, piora o estado de saúde.

 

Os dados do estudo PREDYCES revelam que os idosos com mais de 70 anos possuem 3 vezes mais risco de apresentar desnutrição do que os adultos1.

 

Porque estão os idosos mais vulneráveis ao problema da desnutrição? Existem razões biológicas associadas ao envelhecimento, assim como razões sociais. A presença de doenças crónicas, mais frequentes em idosos, pode condicionar o aparecimento de risco nutricional.

 

Observou-se que os idosos saudáveis possuem menos apetite e, como tal, consomem menos alimentos. Entre as alterações biológicas verifica-se que a diminuição do paladar e olfato, alterações de algumas funções digestivas e a atividade de determinadas hormonas, podem ser determinantes na perda de apetite. Além disso, após a ingestão de alimentos, os idosos apresentam uma sensação de saciedade maior. Também, à medida que envelhecemos, aumenta a frequência de aparecimento de doenças crónicas como a diabetes, cardiopatias e demências que estão associadas a um maior risco nutricional e ao aumento do consumo de medicamentos, que também podem afetar o apetite e/ou a absorção de nutrientes2.

 

Quais as necessidades proteicas dos idosos?

Habitualmente os seniores ingerem menos alimentos e nutrientes, em particular as proteínas, do que os adultos. Consequentemente, os seniores perdem força e massa muscular, com risco de apresentar incapacidade. A ingestão diária de proteínas recomendada é de 1 a 1,2g/kg de peso/dia em idosos saudáveis e de 1,5g/kg de peso/dia em idosos com doenças crónicas moderadas. Estas quantidades podem ser superiores em doenças graves3,4.

 

1.      J. Álvarez-Hernández, et al. Prevalence and costs of malnutrition in hospitalized patients; the PREDyCES® Study. Nutr Hosp. 2012;27(4):1049-1059.
2.       J. Álvarez-Hernández, et al. Envejecimiento y nutrición. Nutr Hosp Suplementos. 2011;4(3):3-14
3.       Bauer J, et al. Evidence-based recomme ndations for optimal dietary protein intake in older people: a position paper from the PROT-AGE Study Group. J Am Med Dir Assoc. 2013 Aug;14(8):542-59.
4.       Deutz NE, et al. Protein intake and exercise for optimal muscle function with aging: recommendations from the ESPEN Expert Group. Clin Nutr. 2014 Dec;33(6):929-36.

 

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Cuide da sua alimentação

CUIDE DA SUA ALIMENTAÇÃO

Uma boa alimentação (variada e equilibrada), entre outros fatores, pode ajudar a preservar tecidos e funções e a enfrentar melhor esta etapa da vida. Uma alimentação adequada permite prever com maior probabilidade de êxito os transtornos e doenças associadas ao envelhecimento.
Guía de orientación nutricional para personas mayores. Comunidad de Madrid. Dirección General de Salud Pública y Alimentación.
Realize atividade física

REALIZE ATIVIDADE FÍSICA

O exercício físico possui benefícios importantes em qualquer etapa do ciclo de vida. Uma atividade física adequada diminui a perda de massa óssea, diminui os lípidos sanguíneos, reduz a glicémia e o risco de diabetes, além de que melhora a saúde cardiovascular. Levar uma vida fisicamente ativa ajuda a melhorar a massa e força muscular. Trata-se de uma excelente estratégia para manter um bom estado funcional.
Guía de orientación nutricional para personas mayores. Comunidad de Madrid. Dirección General de Salud Pública y Alimentación.
Assegure a ingestão de nutrientes principais

ASSEGURE A INGESTÃO DE NUTRIENTES PRINCIPAIS

A alimentação dos seniores deve possuir preferencialmente alimentos de elevada densidade nutricional, com uma ampla variedade de frutas e legumes, assegurando um aporte de alimentos proteicos e, de preferência, de óleos vegetais. Aumente o consumo de fibra, cálcio e vitamina D. Modere o consumo de álcool, açúcar, ácidos gordos saturados e sal.
Guía de orientación nutricional para personas mayores. Comunidad de Madrid. Dirección General de Salud Pública y Alimentación.