Adoencem mais os idosos desnutridos e desnutrem mais os idosos doentes
Em Portugal, o decréscimo da taxa de mortalidade acompanhado pela diminuição da taxa de natalidade tem levado a um envelhecimento demográfico, que se traduz numa elevada proporção na população de indivíduos idosos.
Perante esta realidade, é importante ter em conta que o processo de envelhecimento implica uma série de alterações fisiológicas, psicológicas e sociais influenciadas por fatores intrínsecos, como genética e extrínseca, como a nutrição e o estilo de vida. Além disso, a presença de processos inflamatórios leves e patologias crónicas na população com mais de 65 anos, geralmente, é acompanhada pela deterioração gradual das funções digestivas, músculo-esqueléticas e cognitivas.
Estas alterações decorrentes do processo de envelhecimento podem contribuir para a perda de apetite ou anorexia que leva a uma menor ingestão alimentar e alterações na digestão e absorção de nutrientes, que implicam uma menor utilização/aproveitamento dos nutrientes, aspetos estes que podem explicar a elevada prevalência de risco nutricional e desnutrição nesta população. Portanto, a prevenção e deteção precoce de deficits nutricionais, bem como o controlo e monitorização do estado nutricional no sénior, são aspetos essencial para evitar complicações de saúde. No caso da desnutrição instalada, o uso de soluções nutricionais nesta população demonstrou a sua eficácia na melhoria do estado nutricional, favorecendo o aumento de peso, melhorando a resposta imunitária e reduzindo as infeções, acelerando o processo de cicatrização, que leva à redução dos custos hospitalares e diminuição da taxa de mortalidade.